segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Senado aprova projeto que reconhece funcionários de escolas como profissionais da educação

O Senado aprovou no último dia 15, o Projeto de Lei (PLS 507/2003) que reconhece os funcionários de escolas como profissionais da educação, mediante habilitação específica.

Após anos de luta da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, essa conquista representa um “grito de independência” para a classe, como afirmou o coordenador nacional do Departamento de Funcionários de Escola (DEFE) da CNTE, João Alexandrino de Oliveira. “É um orgulho muito grande. Há 15 anos que estamos buscando por este reconhecimento. Agora, também somos, de direito, trabalhadores da educação”, comemora.

O PLS é de autoria da senadora Fátima Cleide (PT – RO), ex-dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondonia (Sintero) e da CNTE. A proposta altera um dos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (n°9.394/96), discriminando as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação.

Para o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, o Projeto faz justiça aos trabalhadores que sempre contribuíram com a melhoria do ensino, mas não eram reconhecidos por esse papel. “Isso tem que ser colocado em prática. Além disso, esperamos, definitivamente, acabar com as intenções existentes de terceirizar o serviço dos funcionários de escola. Este é um setor fundamental para a melhoria da educação”, diz.

O secretário adjunto de políticas sindicais da CNTE, José Carlos Prado, afirma que este é um momento histórico, mas ainda existem outros desafios. Ele lembra que muitos estados ainda não oferecem o Curso Técnico de Formação para os Funcionários da Educação (Profuncionário). “Sem essa capacitação, os trabalhadores não se profissionalizam. Este é o próximo desafio a ser vencido”, pontua.

Sobre o curso

O Profuncionário é um curso de educação a distância ou presencial, em nível médio, voltado para os trabalhadores que exercem funções administrativa nas escolas das redes públicas estaduais e municipais de educação básica. Ele forma os profissionais nas seguintes habilitações: gestão escolar, alimentação escolar, multimeios didáticos e infraestrutura e ambientação escolar.

Fonte:CNTE

QUALIDADE DE VIDA

REFLEXÕES SOBRE QUALIDADE DE VIDA


Quando falamos em qualidade de vida temos sempre que levar em consideração a educação, expectativa de vida ao nascer, renda, trabalho, participação política e a democracia.

Para que um povo tenha condições consideráveis de qualidade de vida é basicamente necessário que estes tenham um grau de escolaridade alto, pois numa sociedade em que a população tem acesso à escola as pessoas podem exercer melhor seu papel de cidadãs. Assim, quanto mais escolarizada a população, melhor o nível de desenvolvimento. Tendo um bom grau de escolaridade podemos considerar que o povo terá acesso aos meios de trabalho com maior facilidade.

O trabalho é um fim e um meio. É importante, não apenas pelo rendimento material que proporciona, mas porque dá ao indivíduo um sentido de identidade, a consciência de ter um objetivo na vida social, a sensação de estar integrado numa sociedade. O trabalho é essencial à qualidade de vida, quer as pessoas sejam empregadas por conta de outra ou trabalhem para si próprias; o trabalho traz os alimentos, o vestuário e a habitação, ou fornece o rendimento que permite comprá-los. O trabalho é o principal meio pelo qual as pessoas tentam satisfazer as suas necessidades de qualidade de vida: um padrão de vida decente, alimentos suficientes, habitação digna, água potável e sane¬amento, lazer... Então se as pessoas tem um bom grau de escolaridade possivelmente terão um trabalho que lhes gere renda. A renda é um fator determinante para a qualidade de vida das pessoas, adquirida através do trabalho. Geralmente, a renda é que possibilita a aquisição de produtos para a sobrevivência e de conquistas materiais, tais como: casa, automóvel, telefone, alimentação e lazer...

Podemos considerar então que se um cidadão tem todas essas condições ele terá uma boa expectativa de vida, Se a população possui uma média de anos de vida elevada, pode-se concluir que, de forma geral, as pessoas levam uma vida “saudável”, quer dizer, tem escolaridade, um trabalho que lhe gere renda e este capaz de lhe proporcionar uma boa alimentação e hábitos saudáveis e condições de vida digna. Para ter uma vida longa, expectativa de vida, é necessário que haja boas condições de saneamento básico, alimentação, assistência médico-hospitalar, moradia e um meio ambiente saudável...

Uma das formas de medir a qualidade de vida, é o IDH: Índice de Desenvolvimento Humano de um determinado lugar ou país, que substitui o uso habitual do PIB, que pouco diz, ou seja, constitui-se num método pouco eficaz para uma maior aproximação do que a realidade expressa. Isso reflete em certa medida o novo paradigma de desenvolvimento hoje presente em escala mundial.


Índice de Desenvolvimento Humano IDH.

A noção de desenvolvimento humano é sempre relativa às condições sociais em que as pessoas vivem, à sua classe social, ao padrão de consumo da sua sociedade e muitos outros fatores. Isso dificulta qualquer tentativa de estabelecer um limite mínimo que seja, válido e igual para todos os lugares, em todos os países. Apesar disso, desde 1990, a organização das Nações Unidas (ONU) divulga um relatório que permite realizar algumas comparações entre os diversos países e mesmo entre regiões e lugares do planeta. Naquele ano foi criado o Índice de desenvolvimento humano (IDH), um número que reflete as condições de três variáveis básicas para uma qualidade de vida digna:

*Expectativa de vida ao nascer -*Escolaridade- *Produto Interno Bruto PER CAPITA-(Renda)

Porém, isso é apenas uma média. Se um país, ou mesmo uma cidade tem um IDH elevado, não significa que todos os cidadãos desfrutem de boas condições de vida. Sempre existem pessoas acima ou abaixo da média e sempre há pessoas que estão excluídas, ou que sofrem com preconceitos, ou que tiveram a dor de ter um parente próximo morto ou como vítima de criminalidade, que muitas vezes é provocada pelo flagelo da fome que assola milhões de pessoas no mundo, no Brasil em nosso Estado e em meu município.


Como Surgiu o IDH

O conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente, e também do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ele parte do pressuposto de que para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana, conforme www.un.org.pk/hdc/tribute.

Esse enfoque é apresentado desde 1990 nos Relatório de Desenvolvimento Humano (RDHs), que propõem uma agenda sobre temas relevantes ligados ao desenvolvimento humano e reúnem tabelas estatísticas e informações sobre o assunto. A cargo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o relatório foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998). Atualmente, é publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países, conforme www.un.org.pk/hdc/tribute.

O IDH - Índice de Desenvolvimento Humano tem objetivo de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da "felicidade" das pessoas, nem indica "o melhor lugar no mundo para se viver".
"Devo reconhecer que não via no início muito mérito no IDH em si, embora tivesse tido o privilégio de ajudar a idealizá-lo. A princípio, demonstrei bastante ceticismo ao criador do Relatório de Desenvolvimento Humano, Mahbub ul Haq, sobre a tentativa de focalizar, em um índice bruto deste tipo - apenas um número -, a realidade complexa do desenvolvimento e da privação humanos. (...) Mas, após a primeira hesitação, Mahbub convenceu-se de que a hegemonia do PIB (índice demasiadamente utilizado e valorizado que ele queria suplantar) não seria quebrada por nenhum conjunto de tabelas. As pessoas olhariam para elas com respeito, disse ele, mas quando chegasse a hora de utilizar uma medida sucinta de desenvolvimento, recorreriam ao pouco atraente PIB, pois apesar de bruto era conveniente. (...) Devo admitir que Mahbub entendeu isso muito bem. E estou muito contente por não termos conseguido desviá-lo de sua busca por uma medida crua. Mediante a utilização habilidosa do poder de atração do IDH, Mahbub conseguiu que os leitores se interessassem pela grande categoria de tabelas sistemáticas e pelas análises críticas detalhadas que fazem parte do Relatório de Desenvolvimento Humano."
Amartya Sen, Prêmio Nobel da Economia em 1998, no prefácio do RDH de 1998.

Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administrações municipais, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)

Pensamento do dia

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. . . Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. . . Se não houver folhas, valeu a intenção da semente. . .

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Globalização

Atualmente as grandes mudanças são conseqüências da globalização.Com ela se torna grande a evolução e interligação da economia, dos transportes, das tecnologias, da política... Por isso que é importante ser do conhecimento de todos a globalização, pois é um processo que está nos influenciando diretamente. E é através deste modo, realizando este resumo juntamente desta pesquisa que pretendo me interar no assunto.


A Economia Globalizada


Diferentes aspectos da globalização


O termo globalização passou a existir a partir da década de 90. Significa a nova fase de expansão do capitalismo, caracterizada pelo grande desenvolvimento tecno-científico-informacional e pela competitividade. Este processo tem por objetivo a interligação entre economias, para assim realizar trocas comerciais e expandir o mercado...
As economias que ficaram ligadas apenas com mercados regionais e não abriram suas fronteiras, hoje encontram-se enfraquecidas, e não vivem em meio a globalização.
Os fundamentos dessa nova era industrial baseiam-se sobre a automatização e a robotização que reduzem as necessidades de mão-de-obra e ampliam a produtividade. A informática, a biotecnologia, a robótica e a química fina desenvolvem mercadorias revolucionárias, utilizando mão-de-obra altamente especializada e novas matéria–primas. O domínio sobre tecnologias se torna cada vez mais essencial na luta pelos mercados mundiais.
Gigantescas operações passam a liderar uma ampla integração no mercado mundial, diminuindo os limites das barreiras nacionais.
A emergência dos blocos econômicos facilita a circulação de mercadorias e capitais entre os países que o compõem possui maior poder para a ampliação de novos mercados.
A globalização é um tipo de processo muito amplo e não se restringe somente a economia. Todos os fatores ( sociais, políticos...)encontram-se interligados.

Nos dias de hoje o meio tecnológico é o que mais vem se destacando. Por isso que todos os fatos (notícias) que acontecem no mundo podem chegar ao nosso conhecimento em tempo real.
Apesar de todos os benefícios, o acesso a esses privilégios tecnológicos são para poucos. A maior parte da população, principalmente dos países pobres não usufrui destes benefícios para melhorar o seu padrão de vida. Além de perceber-s uma maior divisão entre os países pobres e ricos.


Integração Econômica Regional:
Os Blocos Econômicos

Como resposta a globalização, os países vem se unindo e formando os blocos econômicos regionais para se fortificarem e assim competirem no mercado comercial e mundial.
A união dos países tem por objetivo a circulação de mercadorias , diminuindo ou eliminando as tarifas alfandegárias ( impostos) e as leis protecionistas entre os países membros, isso favorece a exportação e assim, há maior incremento a produção.
A integração entre os países para a formação de blocos econômicos ocorre em etapas, que são as seguintes:
1.Zona de livre comércio: livre circulação de produtos e diminuição das taxas( impostos)

2.União aduaneira:a mercadoria circula levremente pelo bloco e a adoção de uma tarifa para a realização de comércio com países não-membros.

3.Mercadoria comum: envolve as etapas anteriores mais a livre circulaçãso de pessoas, serviços e capitais.

4.A união Monetária:utilização de uma moeda comum entre os países-membros.

5.União Política:unificação das políticas de relações externas e de defesa dos países-membros.

O mundo globalizado atinge três grandes centros de poder econômico. São eles: União Européia, NAFTA e APEC. Juntos são responsáveis por mais de 80% dos investimentos mundiais.

União Européia


Fundou-se a partir do Mercado Comum Europa( MCE) 1957. O objetivo era acabar com taxas alfandegárias, promover livre circulação de mercadorias entre os países membros e competir com a economia norte-americana.
Na época participavam os seguintes países: Bélgica, Países Baixos , Luxemburgo,Alemanha, Itália, França. No ano de 1973 foram admitidos o Reino Unido, Dinamarca e Irlanda, em 1981, a Grécia em 1986, Portugal e Espanha.
Depois na Década de 80, passou a ser chamado de União Européia, com sede em bruxelas ( Bélgica).
Em 1995, ingressaram a Austrália,a Finlândia e a Suécia formando a Europa dos Quinze.
O ouro é a moeda oficial desde janeiro de 2002. Dos 15,12 países adotaram esta medida.
Agrega várias instituiçõe4s dentre elas:
*Conselho de Ministros: formado pelo ministro do exterior de cada país;
*Comissão européia;
*Banco Central europeu.

No ano de 2004 foram admitidos mais dez países:Estônia, Letônia, Lituânia,Polônia República Tcheca, Hungria, Eslováquia, Eslovênia, Malta e Chipre ( total de 25 membros). Em 2007 foram admitidos Romênia e Bulgária. Atualmente há 3 países candidatos:Croacia, Macedônia e Turquia.

ALCA( ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DAS AMÉRICAS)

Os EUA são os mais interessados na implantação deste acordo, pois assim exportariam mais e diminuiriam o défcit em sua balança comercial. Na realidade, a ALCA consistiria em uma expansão do NAFTA e impediria a expansão do MERCOSUL. Colômbia, Peru e Chile também mostram-se interessados
O Brasil que supõem uma invasão de produtos norte-americanos em seu mercado e pouca exportação de seus produtos é contra.

NAFTA( acordo de livre Comércio da América do Norte)

Composta pelos seguintes países: Estados Unidos, Canadá e México. Entrou em vigor em 1994. Proporcionou ao México colocar-se entre as maiores economias do mundo devido aos investimentos estadunienses em seu território.
O mercado consumidor desse bloco é de aproximadamente 400 milhões de habitantes.


APEC( Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico)
Surgiu em 1989.
É o maior bloco econômico quanto ao mercado consumidor cerca de 2,6 bilhões de habitantes.
Países membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Cingapura, Coréia do Sul, Estados Unidos ,Federação Russa, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão , Malásia, México, Nova Zelândia ,Popua Nova Guiné, Peru, Tailândia, Tawane e Vietnã


MERCOSUL( MERCADO COMUM DO SUL0


Início:1991, através do tratado de Assunção;
Características:Livre comércio com eliminação de tarifas entre os países membros, estabelecendo uma tarifa externa e uma política comum.
Países membros: Brasil,Argentina, Uruguai e Venezuela. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador participam como países associados.

Outros blocos de maior expressão:
*Comunidade Andina;
*CEI: Comunidade de estados Independentes;
*COMESA: Mercado Comum dos países do Leste e Sul da África;
*ASEAN:Associação das Nações do Sudeste Asiático;
*CARICOM:Associação dos Estados do Caribe;
*SADS:Comunidade de desenvolvimento da África do Sul.

Surgimento do Estado Moderno

O Estado Moderno nasceu na segunda metade do século XV, a partir do desenvolvimento do capitalismo mercantil nos países como a França, Inglaterra e Espanha, e mais tarde na Itália onde surgiu o primeiro teórico a refletir sobre a formação dos Estados Modernos, que foi Nicolau Maquiavel. O Estado Moderno possui várias características, onde duas são as principais:
Soberania do Estado: o qual não permite que sua autoridade dependa de nenhuma outra autoridade
Distinção entre Estado e sociedade civil: evidencia-se com a ascensão da burguesia, no século XVII.

Este novo estado pode ser visto de duas maneiras diferentes:
*Enfoque Liberal: constitui-se numa interpretação feita pela burguesia nos diferentes momentos do desenvolvimento do capitalismo. Esse enfoque nos mostra que o Estado objetiva a realização do bem comum e de que é neutro.
*Enfoque Marxista: fundamenta-se na existência de uma sociedade de classe onde os interesses são opostos, o que inviabiliza a realização do bem comum e a neutralização do Estado. Segundo esse enfoque, o Estado é uma instituição política controlada por uma classe social dominante, e que representa, o predomínio dos interesses dessa classe sobre o conjunto da sociedade, embora estes se apresentem como interesses universais, de toda sociedade.
O estado moderno teve vária criações, concepções, que eram:
*Concepção Liberal do Estado teve transformações que ocorreram no século XIV, XV e XVI, com a vinda do capitalismo mercantil e a superação do modo de produção feudal, ocasionou a redefinição do Estado. Foram grandes mudanças nesta nova sociedade, e o Estado precisou se tornar forte e centralizado, surgindo inicialmente, o Estado Absolutista e em seguida o Estado Liberal.
*O Estado Absolutista era defendido por Thomas Hobbes, que foi seu grande representante teórico. Sua teoria procurava as origens no Estado, sua razão de ser, sua finalidade. Para Hobbes, o Estado soberano significava a realização máxima de uma sociedade civilizada e racional. Ele defendeu que em estado natural, sem domínio político do Estado, os homens viveriam em liberdade e igualdade segundo seus instintos. Somente o Estado, um poder acima das individualidades, garantiria segurança a todos. O egoísmo, a crueldade e a ambição, próprios de cada homem, gerariam uma luta sem fim, levando-os à destruição. Percebendo que desta forma seriam destruídos, os homens fazem um pacto, um contrato, que impede a sua ruína e vise o bem geral. Com esse contrato, criou-se um Estado Absoluto, de poder absoluto.
O Estado Absolutista é a primeira forma de Estado moderno. A formação dos Estados absolutistas não teve o mesmo percurso em todos os países europeus, e nem ocorreu de forma tranqüila, houve fortes conflitos entre países, entre burguesia e aristocracia, entre católicos e protestantes, entre camponeses e senhores e entre Estado e sociedade civil que marcaram a constituição do mundo capitalista. Mas em pouco tempo quase toda a Europa era absolutista, a França é apontada como a nação que vivenciou em sua forma mais plena.
O Estado Liberal apresenta-se como desdobramento lógico da separação entre o publico e o privado. A revolução da burguesia transformou radicalmente a sociedade feudal na Europa, exigindo uma nova forma de Estado, que rompeu com a ordem hierárquica das corporações, dos laços sanguíneos e dos privilégios e criou uma estrutura de poder político capaz de manter e ampliar suas conquistas. Em 1787 foi aprovada a primeira constituição liberal, que tinha como princípios à liberdade, a igualdade e a fraternidade, lema da Revolução Francesa de 1789.
O Liberalismo Econômico ou seja, ser burguês liberal no século XVIII significava recusar qualquer intervencionismo estatal na economia. Adam Smith, o pai do liberalismo econômico, afirma existir uma lógica interna, uma razão própria, na produção das mercadorias onde Haveria um ordenamento perfeito, quase natural, no funcionamento das atividades econômicas. A intervenção de qualquer elemento externo seria dispensável. Uma mercadoria só seria produzida se existisse necessidade para o seu consumo.
No Liberalismo Político sua teoria liberal do Estado fundamentava-se na competição de uma sociedade dividida, portanto, estimulava as partes a não se submeterem ao todo, cada um cuidava da sua vida, mas a administrá-lo em condições de igualdade. Para que não ficasse apenas uma pessoa mandando em tudo, se criou uma divisão de poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A teoria liberal tem uma forte inspiração democrática, caracterizada pelos princípios de igualdade e da participação.
A criação do Estado Moderno no Brasil teve algumas fases a partir da transição da Idade Média para a Idade Moderna, período em o Feudalismo perdeu forças e o rei concentrou forças até o extremo do Absolutismo. Esta transição foi acompanhada por outras grandes transformações de ordem cultural e religiosa, que foi o Renascimento e a Reforma da Igreja.
Para que o Estado Moderno se consolidasse se fez necessário a presença de elementos essenciais, como a
delimitação de um território com fronteiras bem definidas, uma unidade cultural e lingüística,
centralização política, que pressupõe o surgimento de setores especializados para a administração, finanças, justiça, fiscal,
criação de um exército como força exclusiva do Estado.

Tendo esses elementos como principais, a formação do Estado Moderno passa a apresentar três fases que se misturam e complementam:

O Estado Patrimonialista

É a fase também pré-moderna e se caracteriza pela preocupação com a formação territorial e a manutenção de aparatos que privilegiam as elites que se apropriam do Estado. Tomam conta do bem público em proveito próprio.
Em palavras mais simples, o Estado faz uma administração pública visando o interesse próprio do indivíduo.

O Estado de Direito baseia-se no reconhecimento dos direitos civis e a administração pública abrange áreas nevrálgicas do executivo ( fiscal, exercito, polícia e política externa) do legislativo e do judiciário. O Estado não intervém na economia nem na parte social. Onde ele é chamado também de Estado Mínimo.
A garantia dos direitos civis já era uma evolução comparada á fase anterior, pois deu à sociedade a capacidade de representação política e abriu um canal para a participação no Estado.
Este era um ideal buscado pela República e pregado pela Revolução Francesa.


ESTADO SOCIAL

Com o reconhecimento dos direitos civis e o surgimento da democracia capitalista os problemas sociais se agravaram e as necessidades da sociedade ficaram mais complexas.
A falta de moradia, de trabalho, de saúde, necessidade de educação e lazer somado ao aumento populacional tornaram o modelo de administração pública insuportável para o Estado, obrigando-o a criar políticas públicas e programas que trouxessem benefícios sociais e previdenciários à sociedade.
As instituições sociais criadas nos períodos entre guerras se consolidaram permanentemente.

Moeda – Crédito – Nível de desemprego

Moeda – Crédito – Nível de desemprego

Na realidade econômica moderna a moeda, o crédito e o nível de emprego estão interligados, portanto dependem um do outro.
Sob a análise marxista, na economia capitalista, a moeda tem a função de troca, onde o trabalho é dividido, sendo que cada individuo realiza sua tarefa, formando um conjunto articulado de atividades que se tornam interdependentes. Mas apenas pelo trabalho, pois As empresas são individuais.
Nesta troca da produção que é utilizada a moeda, ela é responsável por organizar o que Marx chamou de anarquia da produção. Então entra a lei da oferta e da procura, se há mais oferta que procura os preços caem e vice e versa, havendo maior ou menor circulação de moeda.
Existem registros históricos de que povos da antiguidade realizavam o escambo, isto é troca direta de bens por bens. No entanto, com o aumento dos indivíduos e a dificuldade devido aos pesos e medidas, isto tornou-se inviável e passou-se ao uso da moeda. Quem produz calcula seus gastos e realiza a troca destes bens pela moeda (as primeiras moedas eram de metal precioso ouro e prata) e com esta adquire aquilo que necessita.
Portanto numa economia capitalista, a função social e econômica da moeda é ser um órgão de coordenação central. Em cada momento existe uma quantidade necessária de moeda, tendo de ser pelo menos igual à soma das transações realizadas, mesmo que haja empréstimo de bancos.
Foi no século XVIII que iniciou a circulação da moeda, em substituição as trocas de mercadorias. Sendo chamado de moeda-papel e tendo a interferência dos bancos. Inicialmente surgem os bancos privados, mas em virtude da desconfiança dos correntistas, vão à falência e são substituídos por bancos estatais ou bancos centrais controlados pelo Estado. Este monopólio por parte do Estado permite-lhe controlar a quantidade de moeda em circulação, deixando de estar vinculada à quantidade de moeda-papel em circulação e a quantidade de moeda-mercadoria.
Quanto ao crédito, a teoria contemporânea se baseia na análise oferecida por Keynes, em A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda.
Para se entender o problema do crédito, é necessário ter-se uma definição de liquidez, que nada mais é do que uma aplicação dos valores, ou seja, se alguém tem uma casa, essa se construiu num valor, tem um preço e pode ser transformado em outro bem, através da venda e aquisição da moeda (dinheiro) para compra de outro bem.
Outro aspecto do crédito a considerar numa sociedade capitalista é o juro, a taxa cobrada sobre a moeda-papel tomada por empréstimo ou recebida pelo depósito em bancos. Esta taxa de juros varia de acordo com o tempo de utilização, ou pelo fluxo de moeda em circulação, sua taxa varia de acordo com o fluxo da moeda em circulação.
A taxa de juros incide diretamente sobre a atividade econômica. Porque se a taxa de juros é alta, torna-se vantajoso colocar o dinheiro a juros e assim diminui a produção de mercadorias, uma vez caindo à taxa, torna-se mais vantajoso investir, criar novas fabricas, bancos, casas comerciais, etc. Surgindo novos empregos. Mas não havendo mão de obra ociosa, haverá oferta de melhores salários e isto se refletirá nos preços, dando início a um processo de inflação.
Para controlar a inflação o governo usa estratégias para retirar a moeda de circulação. Cria uma expectativa de que a taxa de juros vai aumentar estimulando o deposito do dinheiro em bancos e, ao mesmo tempo cria uma expectativa de queda dos preços dos produtos, assim retém o dinheiro, os investimentos caem e a economia cai em depressão. Esses fatores acabam criando um circulo vicioso, e mesmo o governo tendo o controle do processo, não consegue fazer com que a economia cresça estavelmente.
Embora o governo consiga condicionar o fluxo econômico, há ciclos de inflação e deflação, emprego e desemprego de crises que ele não consegue controlar.
Estas crises influenciam o nível de emprego, pois a sociedade capitalista se apresenta como um complexo sistema em que diferentes bens e serviços são produzidos e comercializados em que haja um plano geral que assegure a satisfação das necessidades dos membros da sociedade, há apenas um conjunto de mecanismos que levam produtores e consumidores a tomar decisões adequadas que correspondam aos desejos e necessidades de todos, destes mecanismos o que predomina é a livre concorrência.
Outro fator a considerar são as inovações técnicas, que permitem alcançar melhores resultados em menor tempo, diminuindo o custo final do produto, beneficiando o consumidor. Mas há também a considerar o aspecto negativo deste processo, pois a quantidade de empregos cai e ocorre o desemprego.
Quando os dispêndios de consumo são inferiores a renda total, uma parte é poupada e isto é investido em equipamentos ou em estoque de mercadorias. Temos então dois tipos de investimento o voluntário, que consiste na compra de equipamentos e formação de estoques para ampliar as atividades no futuro e o involuntário que consiste na formação de estoques invendáveis, devido à retração do mercado.
Assim pode-se perceber que o nível de emprego depende diretamente da moeda e do crédito. E sempre são estes os responsáveis pelas variações de mercado que ocorrem nos países capitalistas, pois se um for privilegiado o outro sofrerá conseqüências, pois não existe um planejamento de mercado eficaz e capaz de solucionar ou prever exatamente o que acontecerá com a economia e quais as conseqüências que isto acarretará.